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sábado, 16 de maio de 2009

Eu-lírico no país das maravilhas

Dedico esta poesia à musa dos meus dias...

Eu lírico no país das maravilhas

Estou só
E nada há além de mim
O som que escuto é absurdo
São vozes de um imenso jardim
São as raízes deste surdo silêncio
Vivem aqui dentro,
Permeando a fertilidade dos sonhos

Estou só,
E você me vem
Com mãos leves entre fios de cabelo
Faz-me repousar, escuta meu apelo
E diz-me estar tudo bem...

Quão grande amor!
Infortunado que sou,
Ganhei meu galardão,
Sem saber, plantei uma semente
E lentamente ela se fez gente,
Para acalmar meu coração

Por Deus!
Apenas por ele mesmo...
Antes era dor latente
Hoje pergunto qual o preço
Deste apreço que sentes
Que de tão lúcido
Me faz insano

Me faz amante da sensibilidade
Qualquer que seja ela
Pois por não entender a arte
Ela se faz bela
E por não entender
Somos arte a quem vê

Sobre cuidados permanentes
De pequena cortesã
Baila, ma came, sorridente
Com a certeza do amanhã
Sobre os versos arrebatadores
Deste ar fidalguino
Pois que os príncipes infantis
Estão por estreitos corredores,
Bradando Lusos louvores
A dar-lhe um beijo latino.

Todos os direitos reservados à Hudson Maciel de Oliveira, 17 de maio de 2009

2 comentários:

  1. "Traços delicados, destaque entre íris e cútis o que torna a peça aparentemente incomum, com a altura dos príncipes infantis e a sensibilidade de uma criança.
    Datada do século româtico, a imperfeição torna a arte idealizada, talvez moldada ao fogo por mãos sagradas. Trejeitos amáveis e alma calejada, agora sobre meus cuidados:Apaixonei-me"

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