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quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Infortúnio


Está a 1º de muitas que virão

Farei o possível para colocar uma por dia devido ao tempoaté + espero que gostem...

Infortúnio

Quantos dias passei a sonhar
E quantas noites virei a chorar
E de que valeu?
Talvez me vale a experiência
Que me não tira a carência
Mas ensina-me a suportá-la

Que és tu e por que viestes?
Não enxergo vida diferente
Te fiz sofrer tanto assim
Que me custam lágrimas de mim?
Caro...
Cobras como carrasco indiferente
Sem saber...

Sei que não cobras pelas tuas
Pois são diferentes das minhas
E por isso sinto que não é preciso me preocupar
Por saber que não caíram sozinhas
Ao menos as lágrimas puderam formar um par...

És tu meu anjo ou meu demônio?
Que me faz cair para aprender?
Ou seja para me fazer sofrer?
Que me fogem lágrimas
Para que tu possas catar? ou
Para que tomes com prazer ao jantar?

À dias queria cada hora mais vida
Para adiar cada vez mais a partida
Hoje quero sim, vida
Mas para livrar-me do cárcere
Que teu coração me propunhas
Embora saiba que não o é
Como a um vício de roer unhas.

Anjo dos meus sonhos ou
Demônio dos meus pesadelos
Bem quis ser teu herói
Mas tu nunca deixaste-me o fazer
Não me deste a espada para vencer.
Meu gostar por ti nunca foi protagonista
Tu nunca o deste o palco digno de um artista
Entretanto, ao menos pôde ser poeta
Afinal não se lhe é preciso permissão
Para tal feita ou para que venha inspiração
Pudera ser ao menos musa inspiradora
Disto não fui castrado, fui até estimulado

Bem sei que fora até agora
Como tinha que ser a hora
Talvez o final do livro fosse ruim
Talvez o desejo por tê-lo
O tornaria sem graça ao possuí-lo
Mas talvez o fim fosse belo
Não como o de príncipe, princesa e castelo
Mas como realidade de um grande elo
Talvez o leitor nunca mais se esquecesse do livro
Talvez o medo da protagonista a fizesse esquecer
Que daquela história apenas valeu valer
Menos que ouro, mas mais que vintém
Pôde ao menos ser amada por alguém...

Mas... de que importa?
O livro nem passou do desenhasse
Quem sabe fique inacabado para sempre.
Dar-me-iam um Nobel se soubessem que o fim
Findaria por si sem necessária presença de mim...

Enfim, conforta-me saber que me amas
Veemente é o que me trouxe conforto
Cheguei até aqui.
Mas já é hora, cessa este infortúnio
Cessa de torturar-me
Mesmo sem consciência do que fazes
Crava-me logo no peito a espada ou
Dê-me logo um beijo de chegada
Se me amas de verdade
Queira para mim a felicidade
Seja longe do teu seio
Ou perto de meu anseio
Seja longe do teu coração
Ou dentro dele.

4 comentários:

  1. Caro Hudson,

    Sua poesia tem um conteúdo muito bom, assim como um rigor com as regras da técnica do verso, tendo pouquíssimos defeitos leves de estética, apenas. Tente não utilizar nada depois do término do verso (em alguns casos pos "ou" depois da ultima palavra, o que acaba quebrando o esquema de rimas adotado), utilizar menos conjunções (Porém, mas, todavia, entretanto) ou pelo menos repita menos essas e por último, um outro pequeno equívoco, o leitor só percebe a quem o texto se "dirige" a partir do sétimo verso, quando, na verdade, teria de ser desde o primeiro, aínda havendo o fato de essa "direção" alterar-se no decorrer do texto. Como já disse, seu texto ficou ótimo, se corrigir os erros citados, conseguirá uma avaliação aínda melhor!

    Atenciosamente, Eduardo Martins

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  2. Caro Hudson,

    Esqueci-me de citar que estou esperando pela sua próxima poesia! Estou ansioso para ver sua evoluçao, invista neste campo que terás muito sucesso!

    Atenciosamente, Eduardo Martins

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  3. Hudson,
    O legal de colocar nossos sentimentos em versos é faze-los mais nobres.
    Continue

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  4. É isso aí!
    Gostei muito do seu poema, estarei torcendo por você. Um grande abraço! Day

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