
Viver noturno
Já não conto as horas
Não ligo para o tempo
Acostumei-me com a demora
Incerta, como a direção do vendo
Já não mais tenho vontade para escrever
Hoje preferi fazer barquinhos de papel
Dão mais sentido ao que não posso ver
Afinal, não acostumo-me com o pincel
Já não durmo
Meu viver é noturno
Passam-se as madrugadas caladas
Enquanto junto memórias passadas
Que talvez só façam sentido para mim
Solitárias madrugadas acompanhadas de versos
Imersos, nesse imenso silêncio
Não ligo para o tempo
Nem para as incertezas do vento
Afinal, já não conto as horas
Não sei de nada para fazer
Nem procuro...
Começo a escrever,
Para não adormecer
Me encosto ao muro,
Fixo os olhos na lua
E esqueço o futuro...
A lua...solitária pastora
Não encontrei ainda
Em nenhuma ida e vinda
Inspiração mais inspiradora...
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