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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Carta ao teu olhar

Carta ao teu olhar

Não te preocupes constante amiga
A vida trata dessas coisas
Quem sou eu para ir contra a vida?
Se ela quiser me dê quantas noivas...

Não te preocupes em dizer nada
Afinal raro é ouvir algo bonito
Deixa por ai a coisa passada
Deixa a parte chata comigo.

Não é, amiga, de meu costume?
E não sempre foi assim?
Pois deixa esta espada de dois gumes
Não tem mais efeito sobre mim...

Não carece de palavras
Nunca foi preciso
Estas já bateram asas
E só perturbam o juízo

Cuida de poupar esforço
Deixa que eu cuido das palavras
O papel já possui o esboço
Natural destas noites rasas

Só não deixa de olhar
Não desvie ao me ver
Deixa ele se encontrar
E me traduzir todo teu ser...

Eles sempre se entenderam
Mesmo antes de se conhecer
Verdade, por vezes se perderam
Mas não os culpe, antes eu e você

Os olhos não mentem, não é mesmo?
Quando não quisermos mais falar,
Em meio a um momento ermo
Embora aconteça, amiga, não desvie o olhar...

Sabe, ainda que se torne incômodo ao coração
E Infortúnio a qualquer alma
Deixaremos este imenso receio vão
E por um segundo vivamos a calma

Os olhares se perderão
Mas não os culpemos por agora
É minha e tua nobre compaixão
Causa da vontade de ir embora

Saberemos, sem palavras, dizer
Até logo, sem soar a despedida
Um adeus sem para sempre ser
Sem previsão; Amanhã ou toda vida...

Mas não cuida dessas coisas amiga
Não te preocupes em preocupar,
Que já é função da vida
Fazer isso em seu lugar.

Se possível deixe sua critica ou comentário... é muito importante..."A poesia não é egoísmo, é pura doação"

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