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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Contraste

Escolhi um vermelho puro
Lembrei de coisas passadas
E entre claros e escuros
Saíram algumas palavras...

Um pouco tarde para dizer
Mas achei que ia te importar
Hoje acordei sem você
E lá pela noite fui ao mar

Catei conchas bem azuis
Parada olhei pro céu
Jurei ter visto um luz
Mas era o farol de um Corcel

Alguns acordes bem agudos
Ouço, passos na escada
Improvável, absurdo
Só um surto e mais nada

Bate e vento na janela
Frio como no outono
Amigos trouxeram algumas velas
E eu já não sei onde as ponho

Perdido! Sem rumo
Sem vícios mortais
Não bebo, não fumo
Nada de mais...

A abstinência não me matou
Percebi que sou imune
A madrugada me levou
Me lembrou e teu perfume...

Viciei-me no teu jeito
Nos teus cabelos, tua cor
Fios pretos no meu peito
Branco era teu amor

Hoje o céu estava alaranjado
Do jeito que você admira
Um colorido rajado
Um céu pintado de íra

Fui ao farol, mas estou em casa
Deixei esta carta sobre a cama
Para quando vierdes com tuas asas
Leia e sinta quem te ama

Sempre que der lhe escrevo
Deixo registrado por cor
O meu amor em vermelho
Em branco, minha dor.

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